O navio laboratório Tara, da fundação francesa Tara Océan, chega ao Rio de Janeiro em novembro e ficará ancorado entre os dias 3 e 10. A viagem de dois anos começou em dezembro de 2020 pela costa da América do Sul. A expedição seguirá do Atlântico até a África e depois à Antártida. A bordo, uma equipe de cientistas de várias nacionalidades, inclusive brasileiros, estudam o microbioma oceânico e as suas interações com o clima e os dejetos produzidos pelos homens.
Como parte da programação, o Reserva Cultural receberá a exposição ‘ Matières Plastiques – Matérias plásticas: vidas selvagens’. Fruto de pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) no Vietnã, a mostra analisa as vidas sociais das matérias plásticas seguindo-as desde seus lugares de produção e consumo no cotidiano, até as acumulações de dejetos no ambiente aquático.
Numa sequência de 22 imagens, com tradução trilíngue, o trabalho destaca os impactos tanto ambientais quanto humanos do plástico nas sociedades, propõe-se a sensibilizar e a acessibilizar os desafios locais e globais ligados à matéria plástica, uma matéria popular, democrática, e cujos efeitos são cada vez mais inquietantes. A visitação será de terça a domingo, das 12h às 23h, com entrada gratuita.
No Brasil, o navio já esteve em Belém e Salvador e depois do Rio irá para Florianópolis. Com o apoio da Embaixada da França e das Alianças Francesas, a cada parada são organizados encontros de cientistas com estudantes e também eventos abertos ao público, como palestras, filmes, exposições e visitas a bordo. A Fundação Tara Océan foi criada na França, em 2003, para estudar os efeitos da interferência do homem nos oceanos. Suas principais missões são explorar o mar para compreender suas possibilidades e limites e divulgar as descobertas científicas.